Um terço das deslocações pendulares nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto têm origem/destino fora dessas áreas. Essa realidade não foi abrangida pelo Plano de Apoio à Redução Tarifária (PART), que não incluiu o transporte inter-regional rodoviário e ferroviário com as regiões metropolitanas ou entre Comunidades Inter-Municipais (CIM), preterindo quem se desloca em torno de cidades de média dimensão, do litoral ou do interior. O Bloco de Esquerda foi o único partido que apresentou propostas nesse sentido, rejeitadas pelo PS.
Não só o envelope distribuído às CIM (15% do total do PART) foi diminuto como os critérios de financiamento dos sistemas de transportes públicos não respeitaram a equidade entre territórios e populações. Os valores de financiamento por habitante previstos no Orçamento do Estado para 2019 são elucidativos: 17,6 €/habitante nas áreas metropolitanas e apenas 3,2€ /habitante nas restantes áreas, menos de um quinto.
O Bloco propõe a correção dessas desigualdades duplicando os valores estimados para 2019 de modo a incluir ligações por ferrovia ligeira em zonas com características metropolitanas:
Custo estimado: 650 M€.
Outras propostas virão a surgir para cidades de média dimensão. No futuro próximo, não poderão também deixar de ser consideradas.