No quadro das alterações climáticas, as ocorrências de secas ou cheias têm cada vez menos o caráter de fenómenos excecionais e passam a ser cada vez mais frequentes.
As grandes obras hidráulicas, ao longo do século passado, trouxeram valiosas oportunidades de desenvolvimento económico e de melhoria nas condições de vida das populações. Contudo, o uso múltiplo das albufeiras (abastecimento público, rega, lazer) tem ficado subordinado à produção energética, com maiores impactos ambientais em sistemas reversíveis (flutuação de caudais, erosão, segurança das populações). Quanto aos atuais sistemas de gestão, encorajando o aumento da procura de água, vêm exaurindo os ecossistemas.
A introdução na lei do reconhecimento do “direito à água” e a criação de um mecanismo de financiamento que garanta o acesso a níveis mínimos de consumo.