A produção solar fotovoltaica descentralizada, nas coberturas dos edifícios ou zonas desaproveitadas, reduz emissões e perdas na rede, aumentando a eficiência do sistema.
O atual enquadramento legal do autoconsumo é penalizador para os consumidores domésticos (com consumos de energia pouco significativos nas horas de sol), levando a uma difusão residual destes sistemas em Portugal. Acresce que o vínculo de um contador de produção a um contador de consumo não possibilita, por exemplo, que vizinhos se juntem para comprar um painel fotovoltaico para autoconsumo partilhado. Este facto, aliado à incapacidade de investimento das famílias, é o principal bloqueio à adoção de produção elétrica solar em edifícios habitacionais e condomínios.
É necessário criar instrumentos legais que permitam agregar consumos, possibilitando a partilha de produção solar fotovoltaica em condomínios e bairros, para que esta tecnologia se torne rentável no setor doméstico. Ao mesmo tempo, é urgente um plano para produção de energia solar fotovoltaica para autoconsumo, em que o Estado desenvolva esta tecnologia em edifícios públicos, organize uma rede de instaladores e projetistas, e partilhe investimentos com as famílias.
É urgente um plano para produção de energia solar fotovoltaica para autoconsumo, em que o Estado desenvolva esta tecnologia em edifícios públicos, organize uma rede de instaladores e projetistas, e partilhe investimentos com as famílias.